quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

No Recife, irmãos siameses passam por cirurgia de separação.


Os irmãos gêmeos siameses Davi e Saulo, de sete meses, que nasceram ligados pelo abdômen em maio deste ano, estão passando por cirurgia de separação desde as 9h20 da manhã desta terça-feira (17). O procedimento está sendo feito no Instituto Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro da Boa Vista, área central do Recife. Não há previsão para a conclusão da cirurgia. . . .


A mãe dos meninos, Karine Medeiros, aguarda confiante do lado de fora do bloco cirúrgico. "Eles não podiam se virar, [já] queriam ver quem era, já tava na idade de se virar, de sentar. Já estão com dentinhos. Quero essa separação", disse em entrevista ao NETV 1ª edição.

De acordo com a assessoria de imprensa do Imip, os gêmeos passaram por uma avaliação logo no começo da manhã, antes de serem encaminhados ao bloco cirúrgico. Outras informações serão divulgadas no fim da operação, prevista para as 15h. Segundo o Imip, Saulo e Davi são unidos pela pele e fígado, e já haviam realizado outro procedimento médico em outubro, para a colocação de expansores, equipamentos que antecedem a cirurgia da separação, por permitirem o crescimento da pele. A intenção dos médicos era fazer com que acabe sobrando tecido para fechar os corpos depois da separação.

Os expansores da preparação da cirurgia, que estavam em falta no mercado brasileiro, foram doados por uma pessoa que não quis se identificar.

O caso

 Karine Medeiros descobriu durante uma ultassonografia que estava grávida de gêmeos e siameses. Desde julho, esperam pela cirurgia de separação.

Os meninos, os pais e mais dois irmãos, João Vítor, de quatro anos, e Zeus, com um ano, moram em uma casa simples, em uma vila do Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife. A casa, de apenas dois cômodos, não passa de 20 metros quadrados. “Achamos outra casa para morar, até acertamos com a dona. Eu não consegui correr ainda atrás de trabalho, só vou conseguir quando eles passarem pela cirurgia”, acredita Wilton Souza, pai das crianças.

Na época, vizinhos, conhecidos e pessoas sensibilizadas com a situação da família fizeram doações de fraldas, roupas e comida. Foi deste modo que a família conseguiu ter um pouco de alívio.

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