terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mãe de Joaquim diz em depoimento informal que padrasto era violento

Familiares e amigos velaram o corpo do menino Joaquim em SP.
A criança foi encontrada morta, dentro de um rio, em Barretos.


Hoje de manhã o promotor Marcos Tulio Nicolino, que acompanha as investigações, confirmou à produção do Jornal Hoje que em um depoimento informal, a mãe de Joaquim contou que o padrasto do menino era violento. O corpo do menino de três anos foi encontrado dentro de um rio em Barretos, no interior de São Paulo. Ele será enterrado na tarde desta segunda-feira (11).

Segundo o promotor, Natália Ponte disse que quando ela disse que queria se separar de Guilherme Longo, por causa das drogas, ele ameaçou jogar o filho do casal, meio-irmão de Joaquim, um bebê de três meses, contra a parede.

Joaquim morava com a mãe e o padrasto em Ribeirão Preto e sumiu de casa na semana passada. Mãe e padrasto estão presos. Ele foi reconhecido pelos pais Arthur Paes e Natália. Foram os jornalistas que deram ao padrasto, Guilherme, a notícia de que o menino tinha sido encontrado morto.

O menino desapareceu na madrugada da última terça-feira (5). A perícia não encontrou sinais de arrombamento na casa da família. Os bombeiros realizaram buscas por rios e córregos da região, e um cão farejador cheirou a roupa do menino e do padrasto e fez o trajeto da casa até a beira do córrego.

O delegado responsável pelo caso chegou a pedir a prisão temporária da mãe e do padrasto na semana passada, mas o pedido foi negado. Ontem, com a confirmação da morte, a polícia fez um novo pedido, que foi aceito pela justiça. A polícia também pediu o rastreamento das ligações telefônicas do casal e de outras pessoas da família.

Revoltadas, algumas pessoas tentaram agredir o padrasto. Ele teve que ser levado para o quartel da PM. Na delegacia, onde a mãe prestava depoimento, mais protestos. O pai do menino teve que pedir calma.

Os primeiros exames, feitos pela perícia, mostraram que o menino não tinha água nos pulmões e por isso não morreu afogado. Para a polícia, Joaquim foi assassinado e jogado no córrego. Agora a polícia quer saber o que causou a morte do menino. A confirmação ainda vai depender de alguns exames.

O delegado Paulo Henrique Martins de Castro descartou a possibilidade de que uma terceira pessoa tenha cometido o crime. O padrasto é o principal suspeito e o envolvimento da mãe não está descartado. “Tentando ver qual é o peso dela nessa participação, se houve participação, para isso dar uma conclusão no inquérito policial”, diz.

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