domingo, 29 de setembro de 2013

Racha deixa seis mortos em Mogi das Cruzes

Pedreiro embriagado e sem habilitação foi preso em flagrante. Vítimas tinham entre 13 e 22 anos

A Polícia Civil localizou neste sábado (28) o Palio que disputava racha na Avenida Japão, em Mogi das Cruzes, Grande São Paulo, e provocou um acidente trágico na madrugada de sábado. Seis jovens, com idades entre 13 e 22 anos, morreram e outros dois se feriram. Os policiais falaram com o pai do suspeito, identificado como Paulo Henrique de Oliveira Mota Batista, comerciante de 23 anos. Um advogado representante do suspeito disse à polícia que ele vai se apresentar segunda-feira na delegacia.

O pedreiro Reginaldo Ferreira da Silva, de 40 anos, foi preso em flagrante acusado de ser um dos envolvidos no pega em alta velocidade. “Ele me provocou e eu fui atrás”, disse. No trecho, a placa indica limite de 50km/h.

No Monza conduzido por Reginaldo, havia mais quatro pessoas. Em depoimento à polícia, elas afirmaram que o motorista havia ingerido cerveja na festa de onde saíram. O pedreiro forneceu sangue para exame de dosagem alcoólica e disse à polícia que consumiu conteúdo de duas garrafas da bebida. 

O acidente aconteceu às 0h30 na região do Conjunto Santo Ângelo. Os jovens estavam sentados à beira da calçada, em um campo de futebol. “É um lugar onde eles ficam sempre, ouvindo funk e fumando narguilé. Não mexem com ninguém”, disse Fátima Maria dos Santos, tia do estudante Lucas Baptista Lopes, de 13 anos, e do ajudante Rebert Nascimento Silvério, de 19, ambos mortos no acidente. 

Testemunhas afirmaram que os dois veículos se aproximaram em alta velocidade e se tocaram. “O Monza perdeu o controle e entrou na calçada. Atropelou todo mundo, bateu na árvore e capotou”, disse  Luiz Eduardo Francisco da Silva, de 13 anos. O irmão dele, Ezequiel Eduardo, de 15, foi atingido na perna, mas sobreviveu.

Alex, de 22 anos, perdeu a namorada  Patrícia Fontana Rieper, de 19, e o irmão Lucas. Ele estava no local. “Só não morreu porque eu cheguei e pedi que ele fosse me buscar. Ele viu o racha, tentou avisar, mas o telefone não pegou”, disse a amiga Luciene Oliveira.

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